A atenção primária à saúde é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque dentro da gestão em saúde. A APS busca não apenas curar o paciente, mas promover uma maior qualidade de vida e bem-estar através do cuidado e prevenção de doenças, o que é bom para o paciente e para as redes de saúde, que podem diminuir seus custos sem afetar a qualidade dos serviços prestados.
Por se tratar de um tema tão importante, preparamos este post para esclarecer o que é, como funciona e quais são os objetivos da Atenção Primária à Saúde.
O QUE É ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE?
É o primeiro nível de atenção em saúde. Trata-se de um conjunto de ações cujo objetivo é a promoção à saúde, prevenção de doenças e agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde no âmbito individual e coletivo.
A APS organiza o fluxo de serviços nas redes de saúde pública e privada, lidando com os casos mais simples até os mais complexos. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil a APS “é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas”. Na rede pública de saúde, a APS envolve programas e serviços como as Unidades de Saúde da Família, o Programa Saúde na Hora e as Unidades Odontológicas Móveis.
Na rede privada, a Unimed, por exemplo, também estrutura-se conforme os princípios da APS, disponibilizando aos pacientes médicos de família e programas de prevenção que visam cuidar de seus pacientes e beneficiários de maneira integral, incluindo acompanhamento contínuo, buscando-se reduzir riscos de adoecimento e com adequada assistência, em caso de doença e reabilitação.
Abaixo, vamos ver quais são os princípios que regem a Atenção Primária à Saúde.
ATRIBUTOS ESSENCIAIS DA APS
Acesso no primeiro contato
O primeiro atributo da APS é ser a porta de entrada para o serviço de saúde. Ela deve ser entendida pelos profissionais e beneficiários/pacientes como o serviço de referência a ser buscado quando há uma necessidade ou um problema de saúde.
Integralidade
O princípio da integralidade deve garantir que todos os usuários terão acesso aos diversos níveis de atenção. Mesmo que parte dos atendimentos sejam realizados em nível secundário ou terciário, a porta de entrada e a referência do paciente deve ser o serviço de Atenção Primária.
É preciso que a APS tenha os recursos necessários para lidar com uma ampla variedade de necessidades relacionadas à saúde e com uma rede de serviços, em distintos níveis de complexidade e de competências, em que a integração entre as ações deve satisfazer o conjunto de cuidados demandados por um indivíduo.
Longitudinalidade
A longitudinalidade em Atenção Primária refere-se à relação de longa duração entre pacientes, profissionais de saúde e as unidades de saúde. Ela pressupõe um cuidado contínuo, na qual a equipe de APS acompanha o paciente durante toda a vida, independentemente do tipo de problema ou, até mesmo, da presença dele.
Coordenação do cuidado
A APS deve garantir a coordenação do cuidado entre os níveis assistenciais, ou seja, realizar a articulação entre os diversos serviços e ações de saúde, de forma que seja ofertado ao beneficiário um conjunto de atendimentos e informações que respondam às suas necessidades de forma integrada, por meio de diferentes pontos da rede de atenção. Em outras palavras, é a APS que deve conduzir e acompanhar o paciente em sua jornada nos serviços da rede (especialista, centro de diagnósticos, hospital, pronto atendimento ou outro serviço).
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